O futuro chegou à sua garagem: como condomínios estão se tornando hubs de mobilidade elétrica

published on 21 July 2025

A mobilidade elétrica está transformando os condomínios no Brasil. Com o aumento expressivo nas vendas de veículos elétricos (89% em 2024) e mais de 400 mil unidades em circulação até 2025, a demanda por infraestrutura de recarga em residências cresce rapidamente. Condomínios, especialmente em áreas urbanas como o Sudeste, estão se tornando pontos-chave para atender essa necessidade, oferecendo soluções práticas como carregadores inteligentes e integração com energia solar. Além disso, incentivos fiscais e regulamentações estão facilitando a transição, enquanto síndicos e moradores começam a adotar essas mudanças como parte do cotidiano. Quer entender como isso está impactando o mercado e o futuro das cidades? Continue lendo.

Tendências e Projeções dos Veículos Elétricos no Brasil

O mercado de veículos elétricos no Brasil está passando por uma transformação acelerada, com números que destacam o país como um dos mercados emergentes mais promissores nesse segmento. Vamos explorar os dados mais recentes e as projeções que estão moldando esse cenário.

Dados Atuais do Mercado e Taxas de Crescimento

O Brasil tem se consolidado como um importante polo regional de mobilidade elétrica. No primeiro semestre de 2025, o mercado de veículos elétricos cresceu 17%, alcançando 6% de participação no total de vendas [5]. Esse avanço é ainda mais impressionante quando olhamos para 2024, ano em que as vendas dobraram e a participação de mercado chegou a 6,5% [6].

Entre os destaques do mercado, a BYD liderou com 90,7% de participação no primeiro semestre de 2025, registrando um crescimento de 28% [5]. Em segundo lugar, a Volvo apresentou um aumento de 42,6%, enquanto a Great Wall caiu para a terceira posição, com uma queda de 62,9% [5].

Esses números refletem uma mudança significativa no comportamento dos consumidores brasileiros, com o crescimento se espalhando por diversas regiões do país. Isso também tem gerado uma demanda crescente por infraestrutura de carregamento, especialmente em condomínios residenciais.

No cenário global, o Brasil também está bem posicionado. As vendas de veículos elétricos em todo o mundo ultrapassaram 17 milhões em 2024, representando mais de 20% dos carros novos vendidos globalmente [6]. Além disso, países emergentes como Brasil, Vietnã e Tailândia têm registrado crescimentos expressivos, superando até mesmo taxas de adoção de algumas nações mais ricas [4].

Projeções de Participação no Mercado Futuro

As perspectivas para o mercado brasileiro de veículos elétricos são bastante otimistas. Em 2025, o setor deve gerar uma receita de US$ 5,2 bilhões [7]. Além disso, espera-se um crescimento contínuo com uma taxa anual composta (CAGR) de 6,21% entre 2025 e 2029, o que deve levar o mercado a atingir US$ 6,7 bilhões até o final desse período [7].

Em termos de volume, as vendas unitárias devem alcançar 67.810 veículos até 2029 [7]. O preço médio ponderado dos veículos é projetado em US$ 103.500 para 2025, com uma tendência de queda à medida que a tecnologia se torna mais acessível [7].

A infraestrutura de carregamento também acompanha esse ritmo de crescimento. O mercado de veículos elétricos e infraestrutura de carregamento deve crescer 28,9% em 2025, atingindo US$ 2,32 bilhões [8]. De 2025 a 2029, o setor deverá expandir ainda mais, com um crescimento de 23,0%, alcançando US$ 5,33 bilhões [8].

Os números já mostram essa expansão em andamento. No primeiro semestre de 2024, foram vendidos 79.304 veículos eletrificados leves, um aumento de 146% em relação ao mesmo período do ano anterior [9]. A ABVE prevê um recorde de 150.000 veículos eletrificados vendidos em 2024, 60% a mais que o total do ano anterior [9].

Outro dado importante é a infraestrutura de carregamento. De acordo com o 3º Anuário Nacional de Mobilidade Elétrica do PNME, o Brasil deverá contar com 10.000 estações de carregamento públicas e semi-públicas até 2025 [9].

Parcerias estratégicas estão desempenhando um papel essencial nesse avanço. A ABB e o Grupo Graal estão trabalhando juntos para instalar mais de 40 carregadores rápidos e semi-rápidos em cinco estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul [9]. Além disso, a Raizen e a BYD anunciaram a implantação de 600 estações de carregamento em todo o país [9].

Com esse cenário, fica claro que condomínios que se anteciparem e instalarem infraestrutura de carregamento estarão mais preparados para atender à crescente demanda dos novos moradores que optam por veículos elétricos.

Incentivos Governamentais e Políticas para Eletromobilidade

O governo brasileiro vem adotando diversas iniciativas para acelerar a popularização dos veículos elétricos e a instalação de estações de carregamento, especialmente em condomínios residenciais. Essas ações abrem oportunidades para síndicos e administradoras que desejam atender às futuras demandas dos moradores.

Benefícios Fiscais e Apoio Financeiro

O Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (MOVER) prevê R$ 19,3 bilhões em incentivos fiscais até 2028, com o objetivo de estimular a produção de veículos mais sustentáveis no país [10]. Já o IPI Verde reduz impostos para modelos menos poluentes, tornando os carros elétricos mais acessíveis [10]. Para os condomínios, isso significa que mais moradores poderão adquirir esses veículos, aumentando a necessidade de infraestrutura de carregamento.

O BNDES também oferece linhas de crédito específicas para projetos de mobilidade elétrica, por meio do Programa de Incentivo à Mobilidade Elétrica e Eficiência Energética. Esses recursos podem ser usados para financiar a instalação de carregadores e sistemas de gestão de energia nos condomínios. Além disso, a Lei nº 14.801/2024 introduziu debêntures de infraestrutura com vantagens fiscais para atrair investimentos no setor [11].

Nos estados, há incentivos adicionais, como isenções ou reduções de IPVA. Por exemplo, Bahia oferece isenção fiscal para veículos elétricos com preço abaixo de R$ 300.000 [12], Mato Grosso do Sul aplica redução de 70% no IPVA [13], e Piauí, Maranhão e Ceará garantem isenção total [13]. Em São Paulo, está em análise a reintrodução de um desconto de 50% no IPVA [13]. Essas vantagens podem facilitar a oferta de infraestrutura de carregamento em condomínios, aumentando o valor dos imóveis e atraindo novos residentes.

Marcos Regulatórios

Além dos incentivos financeiros, avanços regulatórios têm criado um ambiente mais favorável para a mobilidade elétrica. Um projeto de lei (PL 158/2025), em tramitação na Câmara dos Deputados, assegura aos proprietários de condomínios o direito de instalar carregadores em suas vagas privativas [15].

Desde 2021, São Paulo exige que novos edifícios contem com infraestrutura mínima para carregamento, incluindo fiação e pontos de energia [15]. Em Santa Catarina, o governo planeja instalar 100 carregadores públicos até o final de 2025 [15]. No Paraná, a rede "Eletrovia PR" já opera com carregadores rápidos, enquanto em Curitiba há uma proposta para que novos shoppings ofereçam um carregador a cada 50 vagas [15].

O Projeto de Lei do Senado 174/2014 elimina o IPI para veículos elétricos fabricados no Brasil e isenta o imposto de importação para fabricantes que adquirirem peças sem equivalente nacional [14]. Além disso, o Comitê Executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) permite a isenção de taxas de importação para veículos elétricos [14].

Segundo a Camex:

A decisão foi tomada após amplo debate sobre o assunto, e a medida busca elevar o Brasil com nova tecnologia, fornecendo veículos ao consumidor com alta eficiência energética, baixo consumo de combustível e emissões reduzidas [14].

Essas políticas regulatórias criam um cenário promissor para condomínios que desejam implementar soluções voltadas à mobilidade elétrica. Com o setor de veículos elétricos no Brasil projetando a geração de até 25.000 empregos até 2025 [12], o comprometimento do governo com essa transição energética é evidente.

Condomínios como Hubs de Carregamento: Soluções e Benefícios

No Brasil, os condomínios estão se tornando pontos estratégicos para a mobilidade elétrica, desempenhando um papel essencial na gestão de energia e na recarga de veículos elétricos. Com 80% dos carregamentos ocorrendo em casa [23], essas estruturas residenciais ganham destaque na expansão da eletromobilidade no país. Vamos entender como essas soluções estão transformando a experiência de recarga.

Soluções de Carregamento Inteligente

As tecnologias de carregamento inteligente estão mudando a forma como os condomínios lidam com o consumo de energia. Esses sistemas ajustam automaticamente a distribuição de carga, garantindo eficiência e prevenindo sobrecargas na rede elétrica [18].

Um exemplo de destaque é o WEMOB® Smart Charging, desenvolvido pela WEG, que permite o carregamento simultâneo de vários veículos sem sobrecarregar o sistema. Além disso, oferece gerenciamento remoto através de plataformas que facilitam o faturamento ou a divisão de custos entre os moradores [17].

Em setembro de 2024, a WEG firmou uma parceria com a Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil para fornecer estações de carregamento WEMOB® WALL e PARKING a seus clientes. De acordo com Carlos José Bastos Grillo, diretor-geral da WEG Digital & Systems:

Nossas estações são altamente adequadas ao perfil de usuário da Mercedes-Benz, pois suportam nativamente o protocolo internacional OCPP, que garante a comunicação entre estações, essencial para uso em condomínios, por exemplo, permitindo balanceamento inteligente de demanda e proporcionando segurança adicional às instalações e usuários [17].

Essas soluções incluem funcionalidades como medição individualizada, precificação dinâmica e aplicativos que permitem aos moradores controlar o carregamento remotamente. O uso do protocolo OCPP (Open Charge Point Protocol) assegura uma gestão eficiente da demanda elétrica.

Casos de Sucesso: Implementações Reais

Alguns condomínios já estão colhendo os benefícios dessas tecnologias. Um exemplo é o Condomínio Central Park Mooca, em São Paulo, onde a empresa Power2Go instalou 32 carregadores sem a necessidade de grandes reformas. O sistema automatizado gerencia o uso e o faturamento, eliminando disputas sobre custos entre os moradores [1].

A demanda por soluções como essa reflete o crescimento do mercado. No primeiro trimestre de 2024, o número de carros elétricos e híbridos registrados aumentou 145% em relação a 2023, totalizando 36.090 unidades [21]. Com mais de 200.000 veículos eletrificados em circulação no Brasil em 2024 [22], a necessidade de infraestrutura em condomínios cresce rapidamente.

A S&P Global Mobility prevê um aumento de 30% nas vendas de veículos elétricos em 2025, com 15,1 milhões de unidades comercializadas globalmente [20]. Essa tendência global reforça a urgência de adaptação dos condomínios brasileiros, especialmente com incentivos governamentais que apoiam essa transição.

Benefícios para Moradores e Proprietários

A instalação de carregadores em condomínios traz vantagens tanto para os moradores quanto para os proprietários. Além de aumentar a valorização do imóvel, oferece conveniência ao permitir que os residentes carreguem seus veículos em casa, eliminando a necessidade de buscar postos externos [19].

Do ponto de vista ambiental, essas iniciativas ajudam a reduzir emissões de carbono, aproveitando a matriz elétrica renovável predominante no Brasil [18]. Isso atrai moradores preocupados com sustentabilidade, criando um diferencial no mercado imobiliário [20].

Outro benefício importante é a redução de conflitos entre condôminos. Sistemas automatizados de gestão e medição de consumo praticamente eliminam disputas sobre custos, promovendo um ambiente mais harmonioso na comunidade.

Desafios de Implementação e Soluções

A instalação de carregadores elétricos em condomínios no Brasil enfrenta uma série de desafios, que vão desde questões legais até complicações técnicas. Com cerca de 470.000 veículos elétricos e híbridos plug-in circulando no país até abril de 2025 [24], a necessidade de adaptar os condomínios para atender essa nova realidade de mobilidade elétrica é cada vez mais evidente.

Barreiras Legais e Regulamentares

Um dos maiores entraves para os condomínios é conseguir aprovação nas assembleias e atender às normas de segurança. Muitas vezes, há resistência por parte dos moradores, seja por desconhecimento das regulamentações, seja por preocupações com responsabilidades civis.

Tadeu Azevedo, CEO da Power2Go, destaca:

A Power2Go acompanha de perto todas as questões regulatórias que impactam a instalação de carregadores elétricos em condomínios. Nossa principal preocupação sempre foi – e continua sendo – garantir que qualquer instalação siga todas as normas técnicas e ocorra com total segurança para todos os moradores [25].

Para contornar essas barreiras, algumas cidades estão criando legislações específicas. Em São Paulo, a Lei 17.336/20 exige que novos edifícios contem com sistemas de carregamento elétrico. Já no Rio de Janeiro, a Lei Municipal 8.265/24 determina que estacionamentos com mais de 20 vagas tenham pontos de recarga. Outras regiões, como Cuiabá e o Distrito Federal, também avançam com projetos de lei (PL 9.331/25 e PL 2.169/21, respectivamente) que tornam obrigatória a instalação desses carregadores. Além disso, seguir a norma ABNT NBR 17019/2022 e estabelecer regras claras para o uso, custos e segurança dos carregadores são passos essenciais para evitar conflitos e garantir conformidade [24].

Obstáculos Técnicos e Operacionais

No lado técnico, o principal problema é a capacidade da rede elétrica, especialmente em edifícios mais antigos, que muitas vezes não foram planejados para suportar o carregamento simultâneo de diversos veículos.

Marcelo Morelli, da Difusão, explica:

A partir dessa instalação, o morador interessado contrata um eletricista para estender um cabo da estação central até sua vaga de garagem [3].

Essa abordagem permite que os condomínios adaptem-se de forma gradual e a custos mais baixos. Um exemplo prático é o sistema de carregamento inteligente implementado pela WEG em um condomínio de Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Nesse modelo, os carregadores são conectados à rede elétrica e utilizam monitoramento para medir o consumo, que é cobrado diretamente na conta do morador. Além disso, o sistema regula o carregamento de acordo com o nível da bateria, evitando sobrecargas [3].

Já no aspecto operacional, o gerenciamento de vagas para carregamento é outro desafio. Arthur Carrão, cofundador da Recharge Brasil, comenta:

A situação fica complicada se um morador tem que esperar sua vez para usar a vaga de carregamento enquanto a pessoa que deixou o carro lá decide tomar banho mesmo sabendo que a bateria já está carregada [3].

Para lidar com essas questões, é recomendável contratar empresas especializadas para avaliar as melhores soluções para o sistema elétrico do prédio. Algumas medidas eficazes incluem a instalação de um duto único que conecte os medidores de energia dos apartamentos às garagens, sistemas de medição individualizada e a designação de vagas exclusivas para carregamento. Além disso, a instalação de sistemas de ventilação apropriados e extintores de incêndio específicos para veículos elétricos garante a segurança e conformidade com as normas [24].

Esses desafios evidenciam a necessidade de ações coordenadas e soluções práticas para que os condomínios possam se transformar em pontos-chave para a mobilidade elétrica no Brasil.

Integração com Geração Distribuída

Combinar sistemas solares com carregadores elétricos tem se mostrado uma maneira eficiente de melhorar o uso de energia e reduzir despesas. Instalar painéis solares em condomínios, conectados à infraestrutura de recarga, fortalece a autonomia em relação à rede elétrica tradicional e transforma esses espaços em verdadeiros centros de mobilidade elétrica. Essa união reforça a tendência de adoção de soluções de carregamento inteligente em condomínios.

Energia Solar no Carregamento de Veículos Elétricos

A instalação de painéis solares integrados aos carregadores cria um ciclo sustentável. Durante os horários de maior geração solar, os veículos podem ser carregados com energia limpa, diminuindo a dependência da rede elétrica convencional.

De acordo com a SolarGrid, "a energia solar tem se tornado uma alternativa cada vez mais viável para condomínios residenciais e comerciais que buscam economia e sustentabilidade" [26]. Além de reduzir os custos de energia, essa integração ajuda a mitigar os impactos dos reajustes tarifários nas despesas condominiais.

Para que o sistema funcione de forma eficiente, é necessário dimensionar o sistema fotovoltaico para atender tanto ao consumo residencial quanto às demandas dos carregadores. Uma dica prática é priorizar o carregamento dos veículos durante os períodos de maior geração solar [27].

Os carregadores inteligentes desempenham um papel essencial nesse cenário. Eles permitem programar o carregamento para coincidir com os momentos de maior produção de energia renovável, diminuindo ainda mais a necessidade de recorrer à rede elétrica.

Benefícios Econômicos e Ambientais

Quando se fala em vantagens para os condomínios, a integração com energia solar traz ganhos econômicos e ambientais ainda mais expressivos. Um dado impressionante: carregar um veículo elétrico com energia solar pode ser até 90% mais barato do que abastecê-lo com combustíveis fósseis [27]. Por exemplo, um carro que percorre 15.000 km por ano pode gerar uma economia de até R$ 10.312 em comparação ao uso de gasolina.

O retorno sobre o investimento é outro ponto atrativo. O tempo de payback para a infraestrutura de carregamento elétrico costuma variar entre 1 e 3 anos, com uma taxa interna de retorno entre 30% e 50% ao ano, considerando apenas a economia com combustível [27]. Além disso, os painéis solares têm uma vida útil superior a 25 anos, enquanto os carregadores podem operar por mais de 10 anos [27].

Os custos iniciais incluem um sistema fotovoltaico adicional, que varia entre R$ 2.000 e R$ 3.000 por kWp instalado, uma infraestrutura de recarga, com valores entre R$ 2.000 e R$ 8.000 (dependendo do modelo do carregador), e adequações elétricas, que podem custar de R$ 1.000 a R$ 3.000, dependendo da complexidade [27].

Além da economia, há um impacto positivo na valorização imobiliária. Imóveis com infraestrutura para veículos elétricos e energia solar podem se valorizar entre 3% e 7% [27], tornando-se opções mais atraentes no mercado.

Outro benefício importante é a contribuição para a descarbonização, com a redução de emissões tanto na geração de energia quanto no transporte. Para empresas que trabalham com sistemas fotovoltaicos, essa integração representa uma chance de se destacar no mercado de mobilidade elétrica, oferecendo soluções mais vantajosas [2].

Com o aumento contínuo na adoção de veículos elétricos, os condomínios que investirem nessa integração estarão à frente, combinando sustentabilidade, economia e avanços tecnológicos.

Conclusão: Condomínios como Impulsionadores da Mobilidade Elétrica

Os condomínios brasileiros estão se firmando como peças-chave no avanço da mobilidade elétrica. Com um aumento de 85% nas vendas de veículos elétricos em 2024 [30] e a projeção de 2 milhões de unidades até 2030 [32], o cenário aponta para um futuro onde essa tecnologia estará cada vez mais presente no dia a dia.

Hoje, contar com estações de carregamento para veículos elétricos em condomínios já deixou de ser um diferencial luxuoso e se tornou uma necessidade, segundo especialistas [28]. Essa mudança de comportamento cria oportunidades tanto para os proprietários e administradores quanto para os moradores, gerando vantagens práticas e econômicas.

Os benefícios são claros: imóveis ganham em valorização, e as estações de carregamento podem gerar receita adicional [28]. Para os moradores, além da praticidade, há ganhos significativos quando a mobilidade elétrica é integrada a soluções de energia solar. Um exemplo disso é o condomínio Terras Alphaville Sergipe II, onde um sistema solar de 54 kW praticamente eliminou os custos com energia elétrica [29].

Essa transformação também traz um impacto direto no mercado imobiliário, tornando os condomínios que investem em infraestrutura de carregamento mais atrativos. Dados da ABVE indicam que as vendas de veículos elétricos devem crescer pelo menos 40% em 2025, com uma participação de mercado estimada em 10% [16]. Além disso, esses condomínios contribuem para as metas ambientais do Brasil, que incluem a redução de 53% nas emissões até 2030.

Com o setor de transportes responsável por 44% das emissões do setor energético [31], os condomínios desempenham um papel essencial na transição para uma matriz energética mais limpa. O marco de mais de 12.000 pontos de carregamento público em operação [16] e os investimentos governamentais de mais de R$ 10 bilhões no setor [31] são sinais claros da urgência em adotar soluções sustentáveis.

Ao investir em infraestrutura para veículos elétricos, os condomínios se posicionam como centros de inovação, combinando sustentabilidade, economia e valorização patrimonial de maneira única.

FAQs

Quais desafios os condomínios enfrentam para instalar carregadores de veículos elétricos?

Os condomínios enfrentam vários desafios ao instalar infraestrutura para carregamento de veículos elétricos. Um dos principais é a capacidade elétrica limitada dos edifícios, que pode demandar atualizações na rede elétrica para suportar a nova demanda. Além disso, os custos iniciais de instalação podem ser altos, incluindo tanto os equipamentos necessários quanto possíveis obras para adequação do espaço.

Outro ponto importante envolve as questões jurídicas e administrativas, como a necessidade de aprovação em assembleias de condôminos e o cumprimento de normas técnicas e de segurança exigidas pela legislação. Por fim, a gestão do consumo de energia é um aspecto crítico, que inclui a medição individual do uso e a divisão justa dos custos entre os moradores, o que requer planejamento e o uso de tecnologias específicas para facilitar esse processo.

Como a energia solar pode trazer benefícios econômicos para condomínios que possuem carregadores de veículos elétricos?

Integração de Energia Solar com Carregadores de Veículos Elétricos em Condomínios

Integrar energia solar com carregadores de veículos elétricos em condomínios pode trazer vantagens econômicas significativas. Ao produzir sua própria energia, o condomínio consegue reduzir os custos de eletricidade, o que é ainda mais relevante com o aumento do consumo causado pelos carregadores.

Essa combinação também oferece maior independência energética e incentiva práticas mais sustentáveis. Além disso, torna o condomínio mais atrativo tanto para quem já mora quanto para possíveis investidores. Outro benefício é a valorização dos imóveis e a economia que se reflete no longo prazo, destacando o impacto financeiro positivo dessa solução.

Quais são os incentivos disponíveis para condomínios que desejam instalar infraestrutura para veículos elétricos?

Os condomínios que apostam na infraestrutura para mobilidade elétrica podem aproveitar diversos incentivos oferecidos pelo governo. Entre os principais benefícios estão deduções fiscais, como descontos de 10% a 15% no Imposto de Renda, além de programas que reduzem impostos para a instalação de carregadores de veículos elétricos nas áreas comuns.

Além disso, existem iniciativas estaduais e federais que oferecem linhas de financiamento específicas. Essas linhas facilitam tanto a compra de equipamentos quanto as adaptações necessárias nas instalações elétricas. Com esses incentivos, os condomínios conseguem se tornar mais modernos, alinhados às tendências de mobilidade e com um olhar voltado para a sustentabilidade.

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