Oportunidade verde: descubra como empresas estão reduzindo custos com carregadores elétricos inteligentes

published on 03 July 2025

Empresas no Brasil estão cortando custos e otimizando operações com carregadores elétricos inteligentes. Esses sistemas permitem programar recargas em horários de tarifa reduzida, gerando economias de até 20% nas contas de energia. Além disso, evitam picos de consumo, eliminando a necessidade de reformas caras na infraestrutura elétrica.

Com o mercado de veículos elétricos em alta, soluções como a integração com energia solar e sistemas de gestão de frotas tornam-se ainda mais relevantes. Empresas como Assaí Atacadista e BMW já adotaram estratégias que combinam eficiência energética e responsabilidade ambiental. Incentivos governamentais, como créditos financeiros e isenção de impostos, também impulsionam a expansão dessa tecnologia no país.

Carregadores inteligentes não só reduzem custos, mas também ajudam empresas a se alinhar a práticas sustentáveis, fortalecendo sua imagem no mercado.

Como Carregadores Elétricos Inteligentes Reduzem Custos Operacionais

Redução de contas de energia através de agendamento inteligente

Uma das formas mais eficazes de economizar na conta de energia elétrica é com o uso do agendamento inteligente de carregamento. No Brasil, a ANEEL aplica tarifas diferentes para horários de "pico" e "fora de pico" [3]. Isso abre uma excelente oportunidade para as empresas ajustarem seus custos de energia.

Carregadores inteligentes utilizam algoritmos avançados para programar o carregamento dos veículos nos períodos de menor demanda. Esses sistemas analisam dados em tempo real para garantir que o consumo ocorra nos horários mais econômicos. Além de reduzir custos diretos, essa abordagem diminui a pressão na rede elétrica, evita cortes de energia e melhora a confiabilidade [4].

Um exemplo interessante é o projeto "E-Lounge - A Solution for Fleet Vehicle Refueling in Brazil". Ele combina armazenamento de energia (100 kW/138 kWh) com carregadores DC (60 kW) e AC (22 kW). O sistema é configurado para carregar durante a madrugada, quando as tarifas são mais baixas. Essa estratégia resultou em uma redução de 45% na demanda de pico da rede [5], proporcionando uma economia significativa para as empresas.

Esse tipo de solução não só reduz custos, mas também prepara as empresas para uma gestão mais eficiente das frotas, tema que será explorado a seguir.

Melhor uso de energia e gestão de frotas

A integração de carregadores inteligentes com sistemas de gestão energética é um grande avanço para a eficiência das frotas empresariais. Com esses sistemas, é possível otimizar o consumo de energia considerando fatores como limitações da rede, preços, fontes renováveis disponíveis e as necessidades dos motoristas [6]. Por exemplo, os gestores podem organizar a ordem de carregamento com base na prioridade das tarefas dos veículos, no estado de carga (SoC) e nos custos de energia [6].

Essa abordagem é especialmente relevante porque, embora veículos de frota representem cerca de 20% do total de veículos, eles respondem por aproximadamente 40% dos quilômetros rodados e 50% das emissões do transporte rodoviário [8].

Outro benefício é a capacidade de um depósito gerenciar o carregamento de até seis vezes mais veículos em comparação com sistemas não otimizados [8]. Além disso, as plataformas de gerenciamento monitoram o funcionamento dos carregadores, tratam alertas automaticamente e resolvem problemas remotamente. Isso reduz custos de manutenção e minimiza o tempo em que os equipamentos ficam fora de operação. A integração com fontes renováveis, como energia solar e eólica, também ajuda a cortar custos e diminuir a pegada de carbono [7].

Um exemplo prático é o programa Plug-in Everywhere Network da Austin Energy, que garante que 100% da energia utilizada pelos veículos elétricos venha de fontes renováveis, como a energia eólica [9].

Além de promover eficiência operacional, essas soluções contribuem para reforçar a imagem da empresa como sustentável e inovadora.

Fortalecimento da reputação da marca através de práticas sustentáveis

A adoção de carregadores elétricos inteligentes não se limita à economia de custos. Ela também desempenha um papel estratégico para empresas que buscam se alinhar às práticas ESG e fortalecer sua reputação no mercado. Ao investir em soluções sustentáveis, as empresas se posicionam como líderes em responsabilidade ambiental e tecnologia.

Um exemplo disso é a Eletra, de São Paulo, que já está firmando parcerias com shoppings e rodovias [1]. Da mesma forma, iniciativas como Shell Recharge e BMW i Charging continuam a expandir suas redes de carregamento premium, mostrando o compromisso contínuo com o setor [1].

Além disso, a implementação de preços dinâmicos, com tarifas diferenciadas para horários de pico e fora de pico, ajuda a maximizar receitas e demonstra o uso eficiente dos recursos. Modelos de assinatura com tarifas especiais incentivam a fidelização dos clientes e fortalecem as relações comerciais. E, considerando que os custos de carregamento podem ser até 72% menores do que os de abastecimento de veículos convencionais, essas soluções oferecem um benefício significativo para clientes e parceiros [2].

Casos de Negócio e Aplicações Práticas

Empresas utilizando sistemas de carregamento inteligente

No Brasil, algumas empresas têm se destacado ao adotar sistemas de carregamento inteligente, trazendo resultados expressivos. Um exemplo é a parceria entre o BMW Group Brasil e a INCHARGE, iniciada em março de 2020. Esse projeto piloto começou com 30 pontos de carregamento em São Paulo, oferecendo informações em tempo real sobre a disponibilidade, status, potência e energia utilizada. Henrique Miranda, Head de BMWi no Brasil, explicou:

"O BMW Group Brasil fornecerá uma experiência premium de recarga, permitindo que os clientes planejem e carreguem seus veículos com facilidade. Começamos com um app, e teremos integração com os sistemas do BMW ConnectedDrive no próximo mês, o que permitirá visualizar a disponibilidade de estações de recarga a partir do sistema de navegação dos carros BMW!"

Outro recurso interessante é a possibilidade de reservar carregadores com até 30 minutos de antecedência, como destacou Alexandre Abdalla, CEO da INCHARGE. Na época do lançamento, o BMW Group já contava com 180 pontos de carregamento no Brasil [10].

Em Santa Catarina, a Engetel introduziu a primeira solução de carregamento inteligente em junho de 2019. Seu sistema controla a demanda elétrica, monitora o consumo de energia das estações e ajusta a potência para evitar sobrecargas. Além disso, a empresa oferece soluções práticas para condomínios, utilizando QR codes ou cartões RFID [11].

A WEG também trouxe inovações ao mercado com seu Sistema de Carregamento Inteligente WEMOB. Esse sistema limita a potência consumida pelas estações e inclui aplicativos para usuários e administradores, facilitando o gerenciamento em condomínios [11]. Essas iniciativas mostram como a tecnologia pode ser integrada para otimizar o uso de energia, inclusive com soluções que utilizam energia solar.

Combinação de energia solar com carregamento inteligente

A integração de sistemas fotovoltaicos com carregadores inteligentes é uma solução que reduz custos e melhora a eficiência energética. No Brasil, onde existem mais de 2 milhões de sistemas solares instalados, com uma capacidade superior a 34 GW, essa combinação é especialmente vantajosa. Os carregadores inteligentes podem operar durante os horários de maior geração solar, permitindo o uso de energia limpa e econômica. Durante o dia, o excesso de energia solar pode ser usado para carregar veículos elétricos, enquanto à noite a energia da rede ou armazenada em baterias é utilizada.

Além de diminuir a dependência da rede elétrica, essa integração protege as empresas contra oscilações de preços e aumenta o valor dos imóveis equipados com sistemas solares. Para implementar essa tecnologia, é fundamental avaliar o consumo de energia e dimensionar adequadamente o sistema fotovoltaico, garantindo que os carregadores sejam configurados para aproveitar ao máximo a energia gerada. Um exemplo prático disso é o Grupo SV, que disponibiliza estações de carregamento gratuitas em sua sede em Blumenau (SC), localizada próxima à rodovia BR-470 [27, 28, 30]. Essa abordagem combina benefícios econômicos e operacionais.

Recursos tecnológicos do carregamento inteligente

Os casos de sucesso apresentados são resultado de tecnologias avançadas que tornam o carregamento inteligente uma realidade. Esses sistemas são ideais para ambientes corporativos, industriais e comerciais, pois utilizam conectividade e inteligência para gerenciar o carregamento com base nos custos de eletricidade, na disponibilidade de energia e nas necessidades dos usuários [6].

Entre os principais recursos, destacam-se a conexão de dados entre o veículo, o carregador e a plataforma do operador, além do gerenciamento que otimiza o consumo de energia conforme as restrições da rede e a disponibilidade de fontes renováveis. Tecnologias como RFID e análise de dados garantem acesso seguro e monitoramento detalhado dos padrões de uso [21, 31].

Carlos José Bastos Grillo, Diretor Executivo de WEG Digital & Systems, comentou:

"A WEG está comprometida com toda a cadeia de geração, transmissão e distribuição de energia na mobilidade elétrica, até a estação de carregamento de veículos elétricos... Nossas estações são altamente adequadas ao perfil de usuário da Mercedes-Benz, pois suportam nativamente o protocolo internacional OCPP, que garante a comunicação entre estações, essencial para uso em condomínios, por exemplo, permitindo balanceamento inteligente de demanda e fornecendo segurança adicional às instalações e usuários."

Os sistemas de carregamento inteligente também oferecem gerenciamento dinâmico de carga, distribuindo a energia entre o edifício e os veículos para evitar sobrecargas. Além disso, incluem monitoramento remoto, estatísticas detalhadas de uso e opções de pagamento automático, o que simplifica a operação [12]. Parcerias estratégicas têm impulsionado a infraestrutura no Brasil: em março de 2024, ABB e Grupo Graal anunciaram uma rede de carregadores rápidos em postos Graal de cinco estados, enquanto em fevereiro de 2024, Raizen e BYD divulgaram a instalação de 600 estações de carregamento pelo país [13].

Apoio Governamental e Opções de Financiamento

Programas governamentais para carregamento de veículos elétricos

No Brasil, o governo tem impulsionado a mobilidade elétrica por meio de políticas públicas específicas. Um exemplo é o Programa MOVER (Mobilidade Verde e Inovação), que substituiu o antigo Rota 2030 [15]. Essa iniciativa federal é hoje a principal ferramenta de apoio ao setor, disponibilizando R$ 19 bilhões em créditos financeiros para empresas qualificadas. Esses recursos são direcionados para projetos que envolvem novos produtos, modelos, unidades de reciclagem e tecnologias voltadas para propulsão e eletrificação [14].

Cassio Pagliarini, Diretor de Estratégia da Bright Consulting, resumiu bem o impacto do programa:

"O Mover sucede e expande os programas anteriores" [14].

Além disso, estados brasileiros também têm implementado políticas próprias. Em São Paulo, por exemplo, há subsídios de até 30% no preço de compra de veículos elétricos ou híbridos, além de condições especiais de financiamento por meio do Programa de Incentivo à Mobilidade Elétrica [16]. Já estados como Piauí, Maranhão e Ceará oferecem isenção total do IPVA para veículos elétricos, enquanto o Mato Grosso do Sul adota uma redução de 70% no imposto [20].

O setor tem mostrado um crescimento impressionante. Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), 177.358 veículos elétricos foram vendidos em 2024, marcando um aumento de 89% em relação a 2023 [17]. Esses incentivos, somados ao acesso a financiamentos, estão criando um ambiente favorável para o avanço da mobilidade elétrica no país.

Fontes de financiamento para infraestrutura de carregamento

O setor financeiro também está acompanhando essa transformação, oferecendo linhas de crédito voltadas para a infraestrutura de carregamento. Um exemplo é a linha "Financiamento Carga Verde", lançada pela Sicredi Confiança em junho de 2025. Esse programa cobre desde veículos elétricos até carregadores residenciais e empresariais, além de sistemas de energia solar. Os carregadores podem ser financiados em até 5 anos para pessoas físicas e 7 anos para pessoas jurídicas, com condições flexíveis e taxas competitivas [18].

Flávio Lucas do Rosário, Gerente de Ciclo de Crédito da Sicredi Confiança, destacou:

"Investir em um carro elétrico ficou mais fácil. Além de economizar com combustível e manutenção, estamos apoiando a inovação sustentável" [18].

Outro destaque é o Banco BV, que oferece financiamento para carregadores de veículos elétricos por meio da plataforma Meu Financiamento Solar. Esse serviço atende tanto clientes residenciais quanto comerciais, permitindo financiamentos individuais ou integrados à instalação de painéis solares. No último trimestre de 2022, o financiamento para painéis solares do banco cresceu 85% em relação ao mesmo período de 2021 [19].

Carolina Reis, diretora do Meu Financiamento Solar, explicou:

"O desenvolvimento de soluções é o pilar principal do DNA da empresa, que vem da economia digital com foco no cliente e nas tendências de mercado na área de sustentabilidade" [19].

Mariana Granata, superintendente de Solar do BV, complementou:

"A energia solar vem ganhando cada vez mais espaço na carteira de negócios do BV. [...] Essa nova solução [para mobilidade elétrica] reforça nosso compromisso em permitir a democratização do acesso a investimentos em energia limpa, em sinergia com a agenda de compromissos ESG do banco" [19].

Atendimento a regulamentações e requisitos de documentação

Além dos incentivos financeiros, é essencial atender às regulamentações para garantir a conformidade e segurança da infraestrutura. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), por exemplo, define diretrizes operacionais para serviços de carregamento de veículos elétricos. Essas diretrizes permitem que operadores atuem sem a necessidade de uma licença completa de concessionária, além de estabelecer requisitos de segurança e metrologia [21].

Já o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) assegura que os carregadores atendam aos padrões de segurança e desempenho, alinhando-se a normas internacionais enquanto desenvolve especificações nacionais [21]. Apesar de o Brasil ainda não contar com uma lei nacional de eletromobilidade, diversas iniciativas estão surgindo nos níveis federal, estadual e municipal para apoiar a transição energética [20].

O mercado de veículos elétricos e infraestrutura de carregamento está em plena expansão. Projeções indicam um crescimento anual de 28,9% em 2025, alcançando US$ 2,32 bilhões. Entre 2020 e 2024, o setor registrou um crescimento anual composto (CAGR) de 36,9%, com expectativa de crescer 23,0% entre 2025 e 2029, atingindo US$ 5,33 bilhões até 2029 [22].

Iniciativas regionais também chamam atenção. Em Santa Catarina, o governo, em parceria com a estatal Celesc, está instalando 100 carregadores públicos em corredores estratégicos até o final de 2025. A Assembleia Legislativa do estado criou a "Rota Elétrica Catarinense", oferecendo incentivos para municípios que investem em infraestrutura de carregamento [23]. Já em Curitiba, há uma proposta em discussão para que novos shoppings e estacionamentos públicos instalem um carregador para cada 50 vagas de estacionamento [23].

Para aproveitar ao máximo os incentivos disponíveis, empresas precisam estar atentas aos prazos, aos requisitos de financiamento e às políticas estaduais e municipais [16].

Tendências de Mercado e Integração com Estratégias ESG

Desenvolvimento da infraestrutura de mobilidade elétrica

O mercado de mobilidade elétrica no Brasil está crescendo rapidamente. Em fevereiro de 2025, o país já contava com 14.827 pontos de recarga, um aumento de 22% em relação a novembro de 2024[26]. Entre esses pontos, 16% são carregadores rápidos (DC), totalizando 2.430 unidades, um crescimento impressionante de 60% no mesmo período[26].

Mas não é só uma questão de números. Hoje, 25% dos municípios brasileiros possuem essa infraestrutura[26]. Iniciativas como o programa "Corredores Verdes" da Eletrobras foram responsáveis pela instalação de mais de 200 pontos em 15 estados até 2025[27]. Além disso, a Raízen, com sua marca Shell Recharge, tem planos de expandir sua rede para 500 pontos até o final de 2025, abrangendo rodovias, shoppings e concessionárias[27].

Davi Bertoncello, diretor do GT de Comunicação da ABVE, destacou o impacto dessa transformação:

"Deixamos de contar carregadores e começamos a contar histórias. A de um país que, em poucos anos, saltou de poucas centenas de carregadores públicos para quase 15 mil. Os números não mentem: apenas entre carregadores rápidos, que são a chave para destravar a adoção em massa dos veículos elétricos no Brasil, tivemos um crescimento de 62% em um trimestre. Quem ainda duvidava que a transição estava acontecendo, agora tem 2.430 motivos para repensar."

Essa evolução estrutural mostra como os carregadores inteligentes estão se tornando uma peça essencial nas estratégias corporativas.

Carregamento inteligente em programas ESG corporativos

Os carregadores inteligentes desempenham um papel importante nas iniciativas ESG, ajudando a reduzir emissões de carbono e a otimizar o uso de energia. Com 83% da eletricidade brasileira proveniente de fontes renováveis[24], o cenário é favorável para a eletrificação de frotas.

Na Europa, estudos indicam que, até 2030, tecnologias como o carregamento inteligente e o Vehicle-to-Grid (V2G) poderão permitir que veículos elétricos contribuam com 4% do fornecimento anual de energia, o suficiente para abastecer 30 milhões de residências. Além disso, gestores de rede podem economizar até €4 bilhões por ano ao explorar a flexibilidade desses ativos[25].

Kristian Ruby, Secretário-Geral da Eurelectric, comentou sobre essa integração:

"Mass market adoption of EVs is happening, but to truly unlock their value, we must integrate them into the grid as flexibility assets. Smart-charging and V2G will be key enablers of this transition."

No Brasil, investir em carregadores inteligentes não é apenas uma questão de sustentabilidade, mas também de eficiência energética. Essa tecnologia permite armazenar e liberar energia de acordo com a demanda, promovendo uma gestão mais estratégica e sustentável dos recursos.

Gestão completa de projetos de energia e mobilidade

Projetos corporativos de mobilidade elétrica exigem uma abordagem integrada que combine conhecimento técnico, regulatório e estratégico. Bernardo Durieux, CEO da VoltBras, destacou essa necessidade:

"O futuro da mobilidade na América Latina passa pela tecnologia, pela colaboração entre setores e pela visão de longo prazo. Nossa missão na VoltBras é contribuir com soluções que simplifiquem essa transição, sem perder de vista o impacto positivo que podemos gerar no meio ambiente e na vida das pessoas."

Empresas como a CCM Energia têm se destacado ao oferecer soluções completas. Elas cuidam de tudo: desde o planejamento inicial e estudos de viabilidade financeira até a gestão pós-entrega, incluindo documentação técnica, conformidade regulatória e financiamento. A integração de carregadores inteligentes com sistemas de energia solar também tem se mostrado uma estratégia eficaz para maximizar a eficiência energética e reduzir custos operacionais.

A necessidade de flexibilidade energética na Europa deve dobrar até 2030[25], e o Brasil segue um caminho semelhante. Ronaldo Sandoval, apresentador do 2º Relatório EvolvX Brasil 2025, reforçou a importância do planejamento e da cooperação:

"A mobilidade elétrica no Brasil precisa de planejamento, dados e cooperação multissetorial para manter o ritmo de crescimento."

Conclusão: Carregamento Inteligente para Crescimento Empresarial e Sustentabilidade

Os carregadores elétricos inteligentes trazem uma grande oportunidade para empresas que desejam cortar custos operacionais e fortalecer suas práticas voltadas à sustentabilidade. Essa tecnologia não apenas reduz despesas, mas também melhora a competitividade no crescente mercado da mobilidade elétrica.

Ao programar o carregamento para horários mais econômicos e adotar tecnologias como o V2G (Vehicle-to-Grid), as empresas conseguem diminuir gastos com energia e integrar fontes renováveis de maneira mais eficiente. Além disso, o uso de carregadores inteligentes ajuda a aliviar a pressão sobre a rede elétrica, contribuindo para um sistema energético mais equilibrado.

Estudos apontam que o carregamento inteligente pode gerar uma economia de até 20% no custo total para os usuários. Até 2030, os veículos elétricos poderão fornecer 4% da energia anual consumida na Europa, o suficiente para abastecer 30 milhões de residências por ano [29].

No Brasil, onde 82% dos executivos acreditam que os CEOs devem liderar iniciativas ESG e 91% das empresas listadas no Ibovespa já publicam relatórios sobre o tema [30], os carregadores inteligentes se destacam como ferramentas indispensáveis. Eles permitem que as empresas demonstrem um compromisso genuíno com a sustentabilidade, atraindo investidores, clientes e profissionais que valorizam essas práticas. Além disso, essa tecnologia contribui para a flexibilidade energética, uma necessidade crescente.

A demanda por flexibilidade energética deve dobrar na Europa até 2030 [29], e o Brasil segue uma trajetória semelhante. Essa flexibilidade, proporcionada pelo ajuste dinâmico das cargas de carregamento, otimiza o uso de energia e reduz o risco de sobrecarga na rede elétrica [28].

Uma abordagem integrada - que inclua estudo de viabilidade, conformidade regulatória e gestão após a instalação - maximiza os retornos e fortalece as estratégias ESG. A combinação de carregadores inteligentes com sistemas fotovoltaicos e o aproveitamento de incentivos governamentais também ampliam os benefícios financeiros.

Com 83% dos brasileiros valorizando empresas alinhadas à agenda ESG [30], o momento para investir em carregamento inteligente não poderia ser mais oportuno. Adotar essa tecnologia agora posiciona as empresas na liderança de um mercado em expansão, garantindo uma vantagem competitiva sólida e contribuindo para um futuro mais sustentável.

FAQs

Como os carregadores elétricos inteligentes podem ajudar as empresas a reduzir custos com energia?

Carregadores elétricos inteligentes ajudam empresas a economizar ao otimizar o consumo de energia. Esses dispositivos ajustam automaticamente a potência de carga de acordo com a demanda e os horários de tarifas mais baixas, evitando picos que poderiam elevar os custos.

Outra vantagem é a possibilidade de integração com sistemas de energia solar, permitindo o uso eficiente da energia gerada por painéis fotovoltaicos. Com recursos como monitoramento remoto e gestão inteligente, as empresas ganham mais controle sobre o consumo, reduzindo despesas operacionais e melhorando a eficiência no uso de energia. Além disso, essas soluções ajudam a alinhar as operações da empresa com práticas de sustentabilidade e iniciativas ESG.

Quais vantagens as empresas podem obter ao integrar carregadores inteligentes com sistemas de energia solar?

A combinação de carregadores inteligentes com sistemas de energia solar traz uma série de vantagens para as empresas. Essa integração ajuda a cortar custos operacionais ao aproveitar a energia gerada localmente de maneira eficiente, reduzindo a dependência da rede elétrica e minimizando os impactos das variações nas tarifas.

Outra vantagem é que os carregadores inteligentes permitem o monitoramento remoto e uma gestão mais precisa do consumo energético, o que auxilia as empresas a adotar práticas mais sustentáveis e a diminuir suas emissões de carbono. Além disso, essa solução apoia o cumprimento de metas relacionadas a ESG e sustentabilidade, que se tornaram indispensáveis no ambiente corporativo atual.

Quais são os incentivos disponíveis no Brasil para empresas que investem em carregadores elétricos inteligentes?

No Brasil, empresas que apostam em carregadores elétricos inteligentes podem aproveitar uma série de incentivos governamentais. Por exemplo, há deduções fiscais no Imposto de Renda, que podem chegar a 10% ou 15%, dependendo das propostas legislativas em discussão. Também existem programas que garantem redução de impostos e até subsídios para a instalação de infraestrutura de recarga, como carregadores ultrarrápidos e sistemas que utilizam energia solar.

Além disso, há linhas de financiamento exclusivas para projetos de mobilidade elétrica e incentivos estaduais que variam conforme a região. Essas medidas ajudam a impulsionar a adoção de soluções mais sustentáveis, alinhando-se aos objetivos de eficiência energética e práticas ESG que muitas empresas buscam implementar.

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